Vereador de Poço Redondo acusa prefeito de Canindé por falta d’água sem saber que o abastecimento é feito pela Iguá
- Cleiton Bianucci

- há 2 dias
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O vereador Arlington Feitosa, do município de Poço Redondo, utilizou a tribuna da Câmara Municipal para atribuir ao prefeito de Canindé de São Francisco, Machadinho, a responsabilidade pela falta de água enfrentada por moradores da região de Canindé. Em sua fala ele citou especialmente o Povoado Capim Grosso, onde a população se mobiliza para realizar uma nova manifestação em razão da persistente escassez no abastecimento.
A declaração, no entanto, contraria informações oficiais e evidencia total desconhecimento por parte do parlamentar. O abastecimento hídrico da região é administrado pela concessionária Iguá, não pela Prefeitura de Canindé de São Francisco. Além disso, não há qualquer indicação de que o município vizinho tenha ingerência sobre o sistema que atende Poço Redondo.
Nos bastidores, a crítica de Arlington tem sido interpretada como um movimento político. Fontes ouvidas pela reportagem avaliam que o ataque estaria diretamente ligado ao incômodo do vereador com a aproximação e boa aceitação por parte da população pelo vice-prefeito de Canindé, Pank, com lideranças e moradores de Poço Redondo — aproximação que tem chamado atenção e provocado reações dentro do grupo político do parlamentar.
Mesmo não sendo responsável pelo abastecimento, Pank tem auxiliado famílias de Poço Redondo com ações pontuais, custeadas com recursos do próprio salário. A ajuda, segundo relatos, busca minimizar os impactos da falta d’água em áreas mais atingidas pela irregularidade no fornecimento. De acordo com informações coletadas, localidades como Bairro São José, Cj. Lídia Souza, as comunidades da Serra da Guia, Juazeiro e Queimadas foram ajudadas por Pank.
“Ele não ajuda e não quer deixar quem quer ajudar”, criticou uma moradora da comunidade das Queimadas, que preferiu não se identificar, ao comentar a postura do vereador.
Acusações levianas e desconexão com a realidade
As acusações do vereador são consideradas levianas, sem base e sem qualquer conhecimento plausível sobre o funcionamento do sistema de abastecimento local.
Fontes destacam que não há interrupção, interferência ou envio de água por parte do prefeito de Canindé ou de sua administração — e que qualquer assistência prestada no município vizinho tem sido feita de forma particular por Pank, enquanto cidadão, e não como ação institucional.
Para moradores e lideranças, transformar a crise hídrica que assola todas as cidades do sertão em disputa política apenas afasta o foco das soluções reais e aprofunda a insatisfação da população que sofre diariamente com o problema. Mostra que o vereador, além de não realizar qualquer ação para amenizar a crise hídrica, desconhece os fatos e não tem coração com sua própria comunidade por não aceitar ajuda de quem tem interesse para tal







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