Anderson de Zé das Canas tenta barrar candidatura de Alex Henrique para garantir apoio político

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O ex-prefeito de Frei Paulo, Anderson de Zé das Canas, tem adotado uma postura no mínimo inusitada na corrida eleitoral de 2026. Pré-candidato a deputado federal, ele vem declarando publicamente que não apoiará o ex-deputado federal André Moura para o Senado Federal caso o vereador Alex Henrique, de Itabaiana, também entre na disputa por uma vaga na câmara federal.

“Não voto em André Moura se Alex Henrique for candidato”, afirmou Anderson, em um movimento que tem sido interpretado como uma tentativa de barrar a ascensão de um dos nomes mais promissores da política itabaianense. Alex Henrique foi o vereador mais votado de Itabaiana nas últimas eleições, o que o torna uma forte ameaça a Anderson que busca disputar uma vaga na Câmara Federal por Sergipe contando com o voto do itabaianense.

A estratégia de Anderson não é inédita. Em episódio recente, ele utilizou abordagem semelhante para tentar garantir o apoio do deputado estadual Luciano Bispo de Lima. “Se Luciano apoiar Cláudio Mitidieri, eu nem Alan em Areia Branca votamos nele”, teria dito o ex-prefeito. A pressão surtiu efeito: Luciano recuou abandonou Cláudio Mitidieri e acabou declarando apoio à pré-candidatura de Anderson.

Agora, a dúvida que paira nos bastidores da política sergipana é se a mesma tática funcionará com André Moura. Político experiente e articulador conhecido, André não costuma ceder facilmente a pressões. O embate promete agitar ainda mais os bastidores do agrupamento de oposição em Itabaiana e em todo o estado.

A população de Itabaiana, por sua vez, observa com atenção os movimentos do “vaqueiro” Anderson de Zé das Canas. Em meio a essas articulações, surge um questionamento legítimo: e se os eleitores de Itabaiana decidirem que só votarão em Luciano Bispo caso ele apoie Alex Henrique?

Vale lembrar que, entre todos os vereadores de oposição em Itabaiana, Anderson de Zé das Canas só conta até agora com o apoio declarado do vereador Anderson de Catulino. O isolamento político local e a tentativa de controlar o tabuleiro eleitoral com imposições podem gerar reações negativas entre aliados e eleitores.

A movimentação de Anderson revela não apenas o desejo de chegar a Brasília, mas também a intenção de escolher com quem deseja ou não concorrer — uma postura que tem gerado críticas até mesmo entre aliados de oposição. Com o cenário ainda indefinido, a disputa por apoios e a definição das candidaturas prometem capítulos intensos até o período das convenções.

Resta saber se o eleitorado itabaianense e sergipano aceitará bem esse estilo de fazer política.

Por fim, Já dizia meu avô: “Vaqueiro que é Vaqueiro, não cospe para lamber, o que o vaqueiro fala ele sustenta.”