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Foto do escritorCleiton Bianucci

Biólogo de Sergipe leva Parque dos Falcões para o mundo via redes sociais

George Xavier, de 24 anos, transformou sua paixão pelos animais em profissão

Localizado em Itabaiana, no agreste sergipano, o Instituto Parque dos Falcões se destaca como um dos espaços mais importantes da preservação de algumas espécies da fauna não apenas do Brasil, mas também do continente.


Ele é o único centro de criação, multiplicação e preservação de aves de rapina da América do Sul, sendo também o único do país com autorização do Ibama para a criação dessas aves.


O instituto chama atenção de biólogos, estudantes e turistas ao reunir mais de 400 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós- boi, pombos, além de outras espécies de animais, como serpentes, jabutis e tamanduás.


Distante cerca de 45km da capital, Aracaju, o Parque dos Falcões figura entre os principais pontos turísticos do interior sergipano.


E foi coincidentemente a partir do turismo que o aracajuano George Xavier, de 24 anos, conheceu, se apaixonou e fez do instituto seu local de trabalho.


Com mais de 160 mil seguidores e mais de 2 milhões e 400 mil curtidas apenas no TikTok, e mais de 130 mil no YouTube, o biólogo tem utilizado as redes sociais para disseminar o trabalho do Parque dos Falcões, além de trazer curiosidades das diversas espécies que o Instituto abriga.


Para George, o contato com os animais do Parque ensina valores como amor ao próximo e o autoconhecimento. “Costumo dizer sempre que lá aprendo além de tudo sobre os animais, muito sobre a vida, amor ao próximo e à natureza. Principalmente, a gente aprende a ser uma pessoa melhor a cada dia”, disse ao F5 News.


O contato com os bichos começou cedo. Ainda criança, ele costumava assistir desenhos, filmes e posteriormente documentários sobre a vida animal. A carreira profissional abraçada se desenhou naturalmente: biólogo.


“Desde criança essa sempre foi a minha profissão dos sonhos, tudo em minha vida desde a infância precisava envolver animais ou natureza para ser divertido, os desenhos, os filmes e logo em seguida vieram os documentários que foram me fazendo ficar cada vez mais apaixonado por nosso mundo e nossos animais, não tive como seguir outro caminho a não ser esse, eu costumo dizer que não escolhi, eu fui escolhido”, declarou em entrevista ao portal.


Sucesso no Tiktok


Para quem não conseguiu ir ainda ao Parque dos Falcões, mas quer conhecer o Instituto, os vídeos de George Xavier servem como uma porta de entrada. Com descontração, identidade sergipana - através do sotaque e referências - e profissionalismo, o biólogo destaca a capacidade de inspirar outras pessoas no dia-a-dia.


“No início eu comecei com o pensamento de mostrar um pouco da minha vida e paixão, quando me dei conta, mais e mais pessoas foram chegando e acompanhando, fico muito feliz com cada comentário positivo que recebo, principalmente quando inspiro alguém a buscar mais sobre algum animal, abandonar crendices ou preconceitos criados ao longo dos anos e de fato se apaixonar por isso”, disse George ao F5 News.


Quando perguntado sobre qual vídeo ele mais curtiu gravar, o biólogo não faz “arrudeios”: “Sem dúvidas foi falando sobre o olho das corujas, acompanhado de uma coruja da espécie Murucututu, tudo que eu falava durante o vídeo ela parecia entender e me ajudava a demonstrar cada curiosidade que eu falava, senti uma conexão incrível com ela, que felizmente ficou registrada e muitas pessoas gostaram disso”, afirmou.


Segundo ele, a internet possibilitou uma “liberdade” para tirar do papel o sonho de conhecer e estudar os animais, numa proveitosa convivência para ambos os lados.


“Eu queria falar sobre uma frase que o [José] Percílio, fundador do Instituto Parque dos Falcões, sempre nos diz: ‘Se todo mundo fizer um pouco que seja pelo nosso mundo e a natureza, o mundo se tornará um lugar melhor’”, afirma George.


Planos futuros


Os animais continuarão sendo o foco para ele. Mas George Xavier sonha alto, tal qual o voo de uma ave de rapina.


“São muitos os sonhos que ainda quero realizar, mas o principal deles é viajar o mundo conhecendo diferentes animais, culturas e lugares do nosso mundo, e é claro poder registrar tudo isso para inspirar pessoas a se apaixonarem cada vez mais por tudo que envolve natureza”, antecipou ao portal.

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