
O cenário político para as eleições de 2026 em Sergipe promete ser altamente polarizado, refletindo a disputa nacional entre bolsonaristas e petistas. A corrida pelo Senado já começa a ganhar forma, com nomes de peso despontando como possíveis protagonistas da disputa.
Pelo lado da Direita, o deputado federal Rodrigo Valadares (PL) surge como um forte candidato, consolidando-se como um dos principais defensores da pauta bolsonarista no estado. Seu crescimento nos últimos anos tem sido notório, angariando apoio dos eleitores que seguem fielmente a linha ideológica do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No campo da Esquerda, o PT deve chegar forte com duas opções viáveis: o atual senador Rogério Carvalho e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo. Rogério, que já ocupa uma cadeira no Senado, tem se destacado como um dos principais nomes do partido na Casa. Já Márcio Macedo, homem de confiança do presidente Lula, pode ser uma alternativa com grande peso político, beneficiando-se da estrutura do governo federal.
Diante desse cenário, a situação do ex-deputado federal André Moura se torna mais delicada. Em 2018, muitos subestimaram a candidatura do delegado Alessandro Vieira, que acabou surpreendendo ao vencer a disputa e deixar Moura de fora. Agora, com a polarização mais evidente e com nomes fortes em ambos os lados, o caminho pode se mostrar ainda mais difícil para André Moura consolidar sua candidatura.
Apesar disso, não se pode ignorar a força política de Moura. Durante seu período como deputado federal, foi responsável por viabilizar o maior volume de recursos federais para todo o estado de Sergipe, tornando-se uma das principais lideranças do estado. Mesmo sem mandato, segue influente e próximo dos bastidores do poder.
Entretanto, com um jogo político cada vez mais definido entre bolsonaristas e petistas, será essencial que André Moura construa uma estratégia sólida para evitar uma nova frustração eleitoral. O histórico recente mostra que subestimar os adversários pode custar caro. Como diz o ditado popular, “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Abra do olho, André.
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